segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Telespectador olímpico - XIII

Quando a gente imagina que já viu de tudo, depois de se surpreender com a organização dos chineses na cerimônia de abertura, de se espantar com o progresso que os anfitriões das Olimpíadas mostraram no esporte... eis que desaparece, sem mais nem menos, o principal instrumento de trabalho de uma atleta.

A cena da expressão de decepção no rosto de Diego Hypolito foi ofuscada um dia depois pela imagem de desespero atônito de Fabiana Murer, aquela saltadora que conquistou os brasileiros no Pan do Rio. Uma menina simpática, que só queria saber onde estava a sua vara, que dá nome ao esporte que pratica. O que fazer? Parar tudo? Criar uma quizumba ou um barraco, no melhor estilo brasileiro? O fato é que, independentemente de ela ganhar ou não uma medalha se a vara estivesse lá, o que a organização chinesa mostrou foi um baita de um despreparo. Mais uma vez: dá para o Rio fazer Olimpíadas, sim. Desse jeito, tranqüilamente.

Liu Xiang foi a prova de que a decepção e o fracasso são democráticos e espreitam qualquer um. Que cena. E, depois da cena dantesca, a imagem dos chineses indo embora do Ninho de Pássaro, sabendo que "a grande atração... morreu", como diz uma tragicômica canção de Nico Nikolaievski, da dupla Tangos e Tragédias.

As meninas da seleção de futebol desta vez surpreeenderam de verdade. Depois de sofrerem no início do primeiro tempo, resolveram dar um pontapé no complexo de vira-latas. Cristiane botou as alemãs para dançar e também deu seus passinhos ao fazer um golaço de placar. Meninas, não brinquem! Agora, vocês entraram no glorioso panteão do título obrigatório. Bem-vindas ao mundo do futebol!

Com grau bem menor de cobranças, a dupla de beldades Fernanda Oliveira e Isabel Swan (foto) fizeram a maior farra depois de conquistarem o bronze na classe 470. Como eu não entendo patavinas de iatismo, gostei mesmo foi da virada do barco que elas deram no fim.

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