quinta-feira, 29 de maio de 2008

Momento You Tube - VI

Hermeto Paschoal está fazendo falta no Rio de Janeiro.
Deixou o bairro do Jabur mais triste. Partiu com um novo amor rumo a Curitiba.
Enquanto isso, viva o You Tube!!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Olha o Allen aí

Estou tentando botar a casa em ordem depois de mais de uma semana sem internet, duas visitas do Coronel Skavurska e uma ida ao estaleiro dos computadores. Diagnóstico: não era nada! Nada? Volto para casa com a torre sagrada, ligo os fios e... tudo funciona normalmente. Incrível, mas um bocado misterioso. Por que motivo dois funcionários da empresa de internet a cabo não decifraram a esfinge do meu carente computador?

Volto para o blog depois de duas semanas. Ninguém reclamou, e é até bom assim. Como neste espaço praticamente só se fala de cinema, aproveito para indicar o escondidíssimo filme O Sonho de Cassandra, suspense de Woody Allen que está em cartaz (ou pelo menos estava...). O judeu mais famoso do cinema é um dos meus cinco diretores favoritos, ao lado do Francois Truffault, Martin Scorsese e Francis Ford Coppola. A quinta vaga está em aberto, ficando entre Spike Lee, Fernando Meirelles, Alfred Hitchcock, Pedro Almodovar e mais alguns de que não me lembro.

Para quem se acostumou a assistir às comédias ambientadas em Nova York, ainda é estranho se adaptar às paisagens européias, mas ainda assim urbanas. Ian (Ewan McGregor) e Terry (Colin Farrell espetacular) são dois irmãos, cada um bem diferente do outro, como costumam ser irmãos. Mas aí, as coisas vão acontecendo, acontecendo, e de epetente estamos diante de um drama quase épico. Uma tragédia grega, de onde Allen bebe da fonte legítima, como bom escritor que é. É um drama, mesmo assim, com toques de riso nervoso.

Volto a elogiar a interpretação do Farrell, por causa de uma coisa chamada curva dramática. Aprendi isso quando achei que poderia ser ator. Tem em novela, filme, quadrinhos, e acontece quando um personagem vai mudando de personalidade, ao reagir às conseqüências da linha da história. É difícil explicar. No cinema e principalmente nas novelas, alguns atores famosos queimam o filme e viram canastrões. Não é o caso do ator irlandês.
Woody Allen é assim mesmo. Faz filme como se fizesse pão. E quem gosta de pão, daqueles de padaria mesmo, sabe que um nunca é igual ao outro. Agora mesmo, os franceses já estão elogiando Vicky Cristina Barcelona, novíssimo do autor e diretor, como o melhor da carreira dele. Desta vez é comédia, e tem Penélope Cruz, Javier Bardem e, de novo para alegria de todos os cristãos, Scarlett Johansson. E olha que franceses gostam muito e entendem bastante de Woody Allen. E de pão também.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

É ferro na boneca!

A cada dia que passa, este blog vira mais de cinema do que de qualquer outra coisa. Não que eu não faça mais nada na minha vida do que trabalhar e ir assistir a um filmezinho nos dias de folga. Como diz a minha descrição ao lado, também vou aos botecos, ao Maracanã e ao teatro. Leio os jornais também, assino as revistas Veja, Placar e (minha favorita) National Geographic, a qual leio toda, de cabo a rabo. E leio quadrinhos da Marvel e da DC há aproximadamente 25 anos.

Portanto, claro, já assisti ao filme Homem de Ferro. E foi no sábado, um dia após a estréia. E me arrisco a dizer que é o melhor roteiro dos filmes de super-heróis lançados até agora (embora eu ainda ache que Dick Tracy é disparado a mais ousada e bem sucedida adaptação dos quadrinhos). Mark Fergus, Hawk Ostby, Art Marcum e Matt Holloway são o time de escritores. É claro que a presença de ótimos atores como Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Jeff Bridges e Terrence Howard só fortalece a história.

Tony Stark está longe de ser um adolescente nerd, como Peter Parker, ou um milionário perturbado e carente, como Bruce Wayne. O que deixa Homem de Ferro com cara de uma boa aventura é o fato de o poderoso industrial fabricante de armas ser um personagem valioso nos dias de hoje. E os roteiristas não se entregam ao discurso politicamente correto nem à tal cartilha americana (isso ainda existe?).

É um playboy janotinha, cresceu em berço de ouro, mas ajudou a desenvolver a sociedade moderna, herdando a fortuna do pai. Irresistívelmente interpretado por Downey Jr., um ator que já viveu o melhor dos atores no cinema. Tira de letra tanto as cenas de humor, quando ele faz as pimeiras experiências de vôo em seu traje, quanto os big closes necessários quando ele está dentro da armadura.

O drama do personagem principal, para quem lê os quadrinhos, já é conhecido. Foi esmiuçado em todos esses anos, surgiu após a Segunda Guerra, sobreviveu ao Vietnã, tirou de letra Golfo, Afeganistão, Bagdá, e hoje, no fim da Era Bush, chega finalmente aos cinemas. Mais maduro, portanto. Stark não é um reacionário. Muito menos um pacificador. É capitalista, como o seu país. Isso já foi um palavrão para mim, mas agora é só um bordão.

Ainda há muito a se explorar na franquia do Homem de Ferro, e o filme deixa muitas, mas muitas pontas soltas. A relação de Stark e Pepper (vivida pela lindinha Gwyneth) foge dos padrões habituais: se sustenta em um amor platônica, quase impossível de se realizar. A amizade com Rhodes é um belo filão que já rendeu nos gibis, e há um pista disso. A relação do empresário com a bebida passa discretamente no filme, mas já atormentou demais o nosso herói nos quadrinhos. O anel de um dos vilões dá margem aos fãs imaginarem um possível Mandarim, arqui-inimigo do latinha. Sem falar na surpresa do final, um presente para os aficcionados como eu (quase pulei da poltrona!!).



PS: De presente, deixo um videozinho que uns gaiatos já produziram na internet. Pode ser visto antes e depois de ter assistido ao filme.

sábado, 3 de maio de 2008

Momento You Tube - V

Post extraodinário

Enquanto me preparo para assistir a Homem de Ferro...
Bem, essa é do tempo que se falava "Tempo do Onça".