quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Allen e elas

Este blog ainda não tem um ano, e já vou escrever sobre mais um filme de Woody Allen. No dia 21 de maio, há quase exatos seis meses, no texto Olha o Allen aí, sobre O Sonho de Cassandra, ratifiquei que o diretor era um dos meus cinco favoritos.

O recém-lançado e muito esperado Vicky Cristina Barcelona, considerado por muitos como o melhor filme recente do autor, é um colírio para os espectadores masculinos, mas é altamente recomendado para as mulheres.

A foto ao lado mostra o quão disputado é o diretor judeu, que parece ter superado os traumas que conhecemos dos fantáticos primeiros filmes cômicos. Penélope Cruz, Scarlett Johansson e Rebecca Hall são as atrizes que interpretam as belas e problemáticas mulheres em foco no filme.

Para as espectadoras, vale a presença do ótimo (e bonitão, temos que admitir) ator espanhol Javier Bardem, vencedor do último Oscar de melhor ator coadjuvante por Onde Os Fracos Não Têm Vez, dos irmãos Coen. Uma espécie de figura com todas as qualidades de galã dos filmes de Pedro Almodóvar, mas que revela ter também os problemas emocionais típicos dos personagens do Allen.

O que quero dizer é que tem um personagem central no filme que curiosamente não está no cartaz: Vicky, interpretada por Rebecca Hall, atriz que construiu sua carreira basicamente na TV. É ela quem tem a tal curva dramática na história, que cede aos encantos do galã Juan Antonio, apesar de não admitir desde o início se render a tais paixões. As outras atrizes também estão ótimas. Mas Rebecca é o "Woody Allen" do filme, com seus questionamentos e piadas ferinas. Por isso, atenção a tudo o que ela diz!

A fase européia de Woody Allen rendeu quatro bons filmes. Além de Vicky... e O Sonho de Cassandra, tivemos o suspense Macht Point e a boa comédia Scoop. Um lançado a cada ano desde 2005, sem desgastar o sensacional diretor. Isso me faz lembrar uma boa história, contada por um amigo. Ao entrar em uma locadora, ele perguntou sobre filmes do Woody Allen. O dono da locadora chutou feio: "Ih, esse cara quase não faz filme, rapaz..."

Música que não sai da cabeça
O tema do filme é chicletinho e fica martelando na mente depois que a fita acaba. Tem um charminho especial, típico dos temas do diretor, quase semelhante àquelas letrinhas que entram sobre o fundo pretos em todas as produções de Allen, assim como o "Cast (in alphabetical order)".

O nome da bandinha é Giulia y los Tellarini, e a música se chama, é claro, Barcelona.
Ei-los abaixo em uma apresentação na TV3.

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